It is well with my soul

3 01 2020

WhatsApp Image 2020-01-03 at 11.06.09.jpeg“It is well with my soul”, em português, “tudo está bem com minha alma”, é um hino cristão cantado pelo mundo afora, com versão em português cantada como “sou feliz com Jesus”. A música foi escrita por Horatio Spafford, com melodia de Phillip Bliss, em 1873, após Spafford, um advogado bem sucedido, perder um filho de dois anos e enfrentar sua ruína financeira, em razão do grande incêndio de Chicago, que consumiu boa parte do seu patrimônio. Não bastassem essas perdas iniciais, em razão dos problemas econômicos enfrentados no período, Spafford planejou ir à Europa, mas decidiu enviar sua família primeiro, enquanto tomava conta de alguns negócios. Durante a viagem, em um naufrágio, todas as suas quatro filhas morreram. A esposa sobreviveu. Após viajar para encontrar a esposa, sem as quatro filhas, ele encontrou inspiração para escrever “It is well with my soul”.

As ofertas vendendo “bem estar” estão vastas, quem não quer por ordem no seu caos interior? No meio científico, nunca se falou tanto sobre “espiritualidade”.

Entretanto, se ao buscarmos a Deus procurarmos nosso próprio “bem estar”, começamos mal. A pregação da cruz nos tira do centro, ela não é sobre mim, nem sobre meu bem estar, é sobre Cristo! Em Cristo procuramos – e encontramos – verdade. Ele afirmou, “sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14:6). O que é a fé, senão a certeza da verdade? Se eu estiver na melhor ou na pior das situações, ele continua sendo o “Eu Sou”, o Eterno, o meu Deus Pai. Jó soube isso, Spafford soube isso, e o próprio Cristo na cruz experimentou o pior dos sofrimentos. Mas as verdades imutáveis de Deus permanecem para sempre, independentes das circunstâncias.

Se Ele poe ordem no meu caos interior, ele poe, e como poe! Mas o meu “bem estar” é consequência de conhecê-lo, de deixá-lo invadir minha vida toda, as profundezas, as escuridões que eu mesma desconheço. A vida com Deus não é mais uma dimensão do meu eu, como “o trabalho, a família, a casa, a igreja, o clube…”. Não! A vida com Deus está acima disso, e absolutamente tudo em mim passa a ter a ver com Ele!

O @el.rapha.castro acabou de escrever sobre transformar os seus monólogos interiores em orações. Você já fez isso? Quando me pego pensando um milhão de coisas, traçando as mil hipóteses para o meu amanhã, ou lamentando algo do passado, me enchendo de tristeza ou ansiedade, ou qualquer outro sentimento ruim, paro e converto meus pensamentos a Cristo. “Senhor, te apresento esse sentimento, enche-me do teu amor, faz-me sentir o que Tu sentes”. Quantos milagres nas minhas emoções eu provo assim.

Nem tudo estava bem com Spafford. Mas ainda assim, algo dentro dele, e eu não tenho dúvida de que era o Deus Vivo, permitiu que escrevesse uma das mais lindas e mais cantadas canções que já foram feitas.





Vontade

5 08 2017

Gastei alguma parte do meu dia hoje pensando sobre essa palavra e sobre o quanto a vontade, o desejo, a liberdade de escolher, de decidir, de fazer o que eu quiser tem impacto na vida, no rumo que se toma, nas decisões.

Talvez mais do que nunca, para muitos, a vontade tem sido posta no centro do universo e sido tomada como um guia na vida. Tudo há de ser como eu quiser. E quem disse que assim será bom? Que garantia tenho eu de que a minha vontade e o meu desejo são confiáveis?

A vontade começa no pensamento, soando quase como um sentimento. Pode ter máscara de bem, de bom, de desejável, de doce. Entretanto, seguir a minha vontade, que parecia tão boa mas não era, pode ter consequências amargas. Pior é quando a gente descobre isso tanto tempo depois.

Eu não confiaria na minha vontade como leme nas minhas decisões. Aliás, todas vezes que a segui, quando ela ia de encontro à vontade de Deus, me dei mal.

Pois de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, as fornicações, os furtos, os homicídios, os adultérios,
as avarezas, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura:
todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem.
Marcos 7:21-23

A maldade surge no coração, no pensamento; e muitas maldades um dia foram só vontade, que se materializam nas decisões que são tomadas fora da vontade daquele que nos criou.

Nessa vontade, e não na minha, eu decidi confiar. Essa sim pode ser um guia para o meu caminho e para a tomada das minhas decisões.

Isso implica em, muitas vezes, abrir mão da minha vontade. Como falar de “abrir mão de vontade”?

Só é possível abrir mão de vontade quando eu não estou no centro. Ou ainda mais: quando estou morta (morta para mim mesma e já não vivendo eu, mas Cristo em mim). Seguir a minha vontade é me colocar no centro e viver pra mim mesma, e aí, tudo está errado.

Certo e errado? Isso é moral.

Sim, se se acaba com a moral, todos estão livre pra seguir somente a vontade. É o que pregam por aí, não?

Que caos.

Mas a moral não acaba. Porque há dentro de nós a consciência. E de onde vem a consciência?

De Deus.

Na vontade dele, eu estou protegida. Pronta para experimentar isso que diz aí em baixo: a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Isso sim é liberdade! Livre pra escolher viver o que Ele quer pra mim. Livre dos meus erros, livre das consequências da minha vontade mentirosa. É bom viver assim.

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2

 

 





A linha do meu tempo com Ele

4 06 2017

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Eu tinha cinco anos quando decorei o primeiro versículo da Bíblia, que foi João 14:6: “Disse Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Tinha até menos que isso quando me perguntaram se queria entregar minha vida pra Jesus. Sim, disse que sim. Na minha infância, todos os dias antes de dormir, meu pai ou minha mãe oravam comigo. Eu orava sempre a mesma coisa: pelo meus avós, e pra que o mundo todo se convertesse, simples assim. Foi quando em uma noite aconteceu algo diferente: eu tinha três ou quatro anos, comecei a orar fervorosamente, clamando sobre alguns países – e eu lá saberia clamar por países? Lembro-me desse dia, provavelmente minha mãe, que ficava ao lado da minha cama, também, e talvez saiba contar melhor. Tinha 10 anos quando, entendendo o que significava, desci às águas no batismo; certamente entendendo pouco da vida, mas independente disso, podia responder que sim, eu queria seguir Jesus pra sempre. Aos 12 anos, enquanto arrumava encrenca na escola, e disso meus pais também saberiam falar melhor, comecei a ler a Bíblia de verdade, e descobri Romanos 12:2, “não se conformem com esse mundo, mas renovem as suas mentes, para que experimentem qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. No meio da minha rebeldia adolescente, entendi que precisava viver longe do mundo, que era preciso escolher, pois havia só dois caminhos: escolhi, de novo, Jesus. Até perdi algumas parcerias, mas ganhei irmãos. Quantas vezes desde então recorri a esse texto… todas as vezes que alguma mentira entrava no meu coração, eu sabia que minha mente era de Cristo, que ela precisava ser renovada. Então passei minha adolescência cheia de amigos, cheia de retiros, de acampamentos, de vivências com Deus e com a Igreja que me ajudaram a permanecer em Cristo. Cheguei aos 18,  vim morar sozinha em Porto Alegre. Foi esse um dos períodos mais turbulentos nessa linha. Vi o mundo aberto, muitas das ilusões que ele oferece. Não tinha mais a mesma proteção da casa dos meus pais e sabia que eu precisava andar com minhas pernas. Confesso que vivi um tempo em meio de um monte de pensamentos e dúvidas, chegando em alguns momentos a pensar em desistir. Foi quando tive uma experiência muito forte com Deus, que me deu certeza de que minha vida com Ele, minha fé, era mesmo minha, e não dos meus pais. Dali em diante eu nunca mais teria dúvida. E eu escolhi, de novo, seguir Jesus. E a decisão de segui-lo até o último dos meus dias, que eu já havia tomado enquanto criança, era agora reafirmada como uma jovem adulta. Enfim,  essa verdade, do versículo que citei no começo desse texto, tomou raízes tão profundas em mim, que eu cresci, muita coisa aconteceu, fui exposta a outros diversos conhecimentos, mas nenhum poderia ser mais profundo, muito menos superior a esse, tão simples. JESUS, o caminho, a verdade e a vida. Nada mais poderia ser tão verdadeiro e tão libertador. E essa semana eu me lembrei de um outro texto que me diz o que Cristo conquistou por mim na cruz. Dessarraigada! Tive minhas raízes cortadas. Liberdade! Feita pra voar! O que importa pra esse mundo, não importa pra mim! O que imprta pra mim é viver cada dia fazendo a vontade daquele que um dia me mostrou ser real, mostrou me amar, com o amor mais verdadeiro que existe. Fica aí um pouco da minha história. Minha história com Deus, até porque não tenho outra. Cada um tem a sua. Às vezes me esqueço de algumas coisas, mas meu Papai sempre me chama de volta, me lembra de quem Ele é, de quem eu sou nele, minha identidade. Histórias, cada um tem a sua. A minha já tem, ou só tem (depende), 27 anos. Se às vezes fico triste por pensar que poderia ter vivido mais intensamente essa vida com Deus, pensando em cada dia que perdi, por outro lado fico cheia de expectativa, sabendo que vem muita coisa boa pela frente. Conheço quem começou nesse Caminho com cinco, com 15, com 25, com 50 anos, ou no fim da vida. Não importa. Importa é que temos só essa vida pra chegar a conclusão, pela fé, de que Deus é real, e que não há vida fora dEle. Cada dia sem Deus, é um dia a menos pra viver a vida na sua plenitude. #naoéreligião #relacionamentocomDeus #nãodeixepradepois Qual é tua história?





100%

11 11 2016

Viver com Jesus é tudo ou nada. É zero ou 100%. Não há como um cristão pegar um pedaço da Bíblia e sobre esse dizer: não concordo. Pensarmos diferente, não muda quem Deus é. Não muda o que Deus pensa. Também não acreditar, não muda a existência da Verdade. Pare para meditar, e rapidamente se dará conta de que é impossível que exista uma verdade distinta para cada pessoa do universo, ou um deus diferente criado em cada imaginário, enquadrado nas necessidades individuais. Um deus pra me servir, um deus como eu quiser. Um deus que é criação.

Em dias em que se prega que cada um pode ser quem desejar, pensar o que quiser, viver como entender que seja o melhor para si, conceituando-se nesse caminho a liberdade, referir-se a uma literatura como fonte absoluta, a Bíblia, para alguns pode causar estranhamento. Entretanto, quando você entende que, no fim, só há duas opções, e que se você não está de um lado, está do outro, tudo faz sentido.

Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6.

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mateus 6:24

E mais um, em que Jesus diz:

“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” Mateus 12:30

Agora, para quem anda esperando provarem a existência de Deus com ciência humana, sinto muito. Pois ele escolheu se revelar para nós por meio da fé. E fé é certeza daquilo que não se vê, daquilo que não precisa de prova. Mesmo assim, Deus nos fez com bons neurônios, racionais, diferentes dos animais, para pensar! Talvez já no seu encontro com Deus você tenha uma linda experiência sobrenatural, que te faça conhecê-lo. Ou você pode ler a Bíblia, ser exposto à verdade, pensar, e concluir, com o Espírito Santo testificando em seu espírito, que Deus é real. E isso também é tão sobrenatural!

Crer é uma escolha. Sim ou não. Um caminho largo (fantasiado de muitos caminhozinhos), ou um caminho estreito, de cruz. Maravilhoso, mas de cruz. Radical, mas cheio de amor. Um caminho de entrega. De renúncia. Mas de verdadeira liberdade.

Gulshan Esther é uma mulher paquistanesa, nascida em 1925, de origem muçulmana, que bem cedo teve paralisia por poliomielite. Muito bem educada no islamismo, peregrinou a Meca em busca de sua cura, que não aconteceu. Mas, nas próprias páginas do Alcorão encontrou breve relato do “profeta Jesus”, que curava as pessoas e até ressuscitava mortos. A partir daí, começou a orar insistentemente, dizendo “cura-me Jesus”. Foi então em uma noite em que Jesus apareceu no seu quarto, dizendo:

– Gulshan, venha até mim.

– Eu não posso – respondeu.

– Gulshan, venha até mim – repetiu Jesus.

Gulshan respondeu da mesma forma. Ao terceiro chamado, milagrosamente levantou-se de sua cama, caiu prostrada diante de Jesus, que impôs as mãos sobre a sua cabeça e disse: eu sou Jesus, e a partir de hoje, tu orarás assim: “Pai nosso que estás no céu…”.

Essa experiência, de busca e resposta, a levou ao alto preço de perder sua família, que não aceitou sua conversão a Jesus. Porque esse sim a Cristo, vale mais que tudo.

Só é preciso um clamor, um passo, uma fome, um desejo de descobri-lo. Tudo bem não ter certeza ainda. Basta um coração aberto que diz: “Deus, se tu existes, eu quero te conhecer”.  Aí um dia essa fé, essa certeza, é gerada tão profundamente, que se torna inabalável.

“Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês.” Tiago 4:8
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Eu no mundo

2 04 2016

Quando entrei na faculdade, aos meus 18 anos e quase nada de maturidade, minha turma precisava transferir uma prova para que pudessem ir a uma festa. Para que a prova fosse adiada, todos deveriam assinar uma folha. Entretanto, eu não podia concordar com que a minha turma fosse a uma festa mundana, então, não assinei. Naquele dia devo ter conquistado uns 50 inimigos.

Com o passar do tempo, fui aprendendo que eu não controlaria o mundo com a minha mão, e que nem mesmo Deus age assim conosco. Deixar de assinar aquela folha não teve valor algum.

Nos últimos dias, tenho meditado muito a respeito disso. Às vezes queremos que o mundo se comporte de maneira moral, de maneira cristã, e esquecemos que o mundo é mundo (“o mundo inteiro jaz no maligno” I João 5:19b).  Há pessoas querendo criar um comportamento cristão por meio de regras e políticas, combatendo o pecado com força, diante de quem nunca conheceu Jesus! No entanto, um “comportamento cristão” não salva.

Um assassino por exemplo, passou dez anos na prisão e se arrependeu. Saiu, decidiu que nunca mais iria matar ninguém. Ótimo. Mas isso não o salva. A única maneira de alguém ser completamente transformado é pelo novo nascimento, pela cruz, pelo sangue de Cristo e pelo real encontro com a pessoa de Jesus! Uma mudança de comportamento moral pode gerar religiosos, mas não verdadeiros discípulos de Jesus.

Os fariseus viviam assim, cheios de bons comportamentos, boas maneiras, boas leis, boa postura, boa aparência. E desprezavam quem não vivia assim. Mas o coração deles estava distante de Deus. Jesus os combateu e disse que “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” Mateus 5:20.

Jesus não se sentiu desconfortável no meio dos pecadores. Os pecadores o amaram, o ouviram, beijaram seus pés, e vários deles tiveram suas vidas transformadas por esse encontro pessoal com Ele. Ele carregava amor, ele É amor. Nós, contudo, com medo de nos contaminar, temos dificuldade de ir ao mundo e amar. Nos sentimos oprimidos, não tendo consciência daquele que habita em nós e que é sempre conosco!  Assim, ficamos completamente imobilizados e pouco fazemos pelo Reino de Deus.

Eu vos envio como ovelhas entre os lobos.”  Mateus 10:16

Não é assim que muitas vezes nos sentimos?

 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” João 17:15

Às vezes parece mais fácil viver em um isolamento, longe do mundo. Mas o Senhor nos chamou para sermos separados, embora no meio do mundo! Do contrário, como e para quem pregaríamos o Evangelho?

Eu tenho o profundo desejo de que a iniquidade seja diminuída e se possível eliminada na minha cidade, estado, país. Eu quero ver e participar de um avivamento em que as pessoas abandonam seus pecados em razão de um profundo arrependimento ao se encontrarem com Jesus. Sonho com vidas libertas, rendidas, apaixonadas, cheias do Espírito Santo. Sonho também com um país livre da corrupção, livre da miséria, pobreza, com justiça social, menos criminalidade. Mas se isso acontecer sem genuínos novos nascimentos, sem uma verdadeira e profunda transformação de caráter que só uma vida comprometida com Deus pode gerar, de pouco adianta. Porque o mundo passa. Pouco importa discutir “direita e esquerda” quando entendemos que somos cidadãos do céu e que queremos transformar o mundo através do amor de Deus, de uma forma pessoal. Sobre questões políticas, nossa arma é a oração. É preciso compreender que a arma para combater o pecado não é nossa eloquência, inteligência, ou nosso poder político. O pecado Jesua venceu na cruz!

Eu quero carregar o que Jesus carregava, que talvez tenhamos perdido aí pelo caminho. Um olhar de compaixão, de amor pelo pecador. Quando Jesus estava SENDO MORTO, na cruz, ele disse “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lucas 23:34.

Existe um lugar em que o pecado deve ser diretamente combatido, com repreensão e até mesmo com ruptura de comunhão: na Igreja, com aqueles que já são discípulos de Jesus. Paulo nos ensina que não devemos nem sentar para comer com quem, se dizendo irmão, viver em pecado (I Coríntios 5:9-11). Mas, parece que alguns pecados são tão penalizados no mundo e outros tão tolerados na igreja.

Para acabar, o que escrevi é um pouco desse tema que Deus ainda está falando muito comigo e que entendo ser para os nossos dias. Uma revelação que tem me dado um outro olhar. Somos chamados para transtornar o mundo com amor, pregando o verdadeiro Evangelho que transforma vidas, ou mais, que oferece uma nova vida em Jesus.

Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” I João 4:4

No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jesus, João 16:33





O perigo do “eu não concordo”

26 02 2016

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” Salmo 119:11

Quando eu tinha 12 anos fui a um acampamento de adolescentes e lembro-me muito bem da ilustração que o palestrante usou para nos ensinar sobre obediência. Abriu um guarda-chuva e disse que obedecer a Deus colocava-nos sob a Sua proteção, em baixo do guarda-chuva; quando desobedecíamos, perdíamos essa proteção.

Por mais simples que tenha sido o teatrinho feito por ele, 13 anos depois, continuo lembrando.

Outra vez fui comentar com uma moça cristã sobre a submissão ao marido e rapidamente fui contrariada com algo do tipo “não concordo, isso é ultrapassado”. Ok. Não concorda com quem? Com Deus?

Esse relativismo que paira por aí não é de dar dor de barriga? Submissão ao marido, é ultrapassado. Dedicação ao cuidado do marido, casa e filhos. Cuidar o comprimento da saia e do short é ultrapassado, é machismo. E o que vem aí mais? Não concordo que o casamento tem que ser um pra toda vida, se cansar, separa. Não concordo que preciso me guardar até casar, não concordo que devo dar o dízimo, não concordo que eu preciso congregar, não concordo com discipulado, não concordo que alguém me corrija, não concordo que devo respeitar autoridade, não concordo que devo pagar imposto, não concordo que preciso casar com um cristão, não concordo, não concordo, não concordo.

Talvez tenhamos direito de ter algumas convicções políticas, de ser contra ou a favor de fazer tatuagem, de gostar mais de azul do que amarelo, de ser do inter ou do grêmio. Mas para um cristão, é impossível “não concordar” com algo que está na Bíblia. E ao contrário do que alguns dizem, a interpretação verdadeira é uma só. Talvez a gente entenda algumas coisas errado, mas Deus não pensa duas coisas diferentes. Interpretar a Bíblia como a gente quer pra acariciar a nossa carne?

Casar com alguém do Senhor é maravilhoso. Se vestir com cuidado, é amar o irmão. Congregar, é viver em família, e como em famílias, lidar com as dificuldades disso. Assim crescemos. Dar o dízimo é reconhecer que tudo que temos é dEle, e das próprias mãos dEle é que damos nossa oferta, trazendo bênçãos pra dentro da nossa casa. Passar a vida inteira casada com a mesma pessoa é honrar uma aliança! E isso tudo, dentre tantas outras coisas, é obediência, é liberdade, é proteção!

Aiai. Quero ficar em baixo do guarda-chuva. Bem longe do perigo. Bem perto, na palma da mão do meu Pai, bem perto de Jesus, bem cheia do Espírito Santo.

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Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
João 14:21

 

 





Teu amor é melhor do que o vinho

14 03 2013

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Bom começar o dia lembrando que o amor de Jesus é melhor do que o vinho, isso é, melhor que todos os prazeres, melhor do que tudo o que o mundo pode nos oferecer. Melhor é estar com Ele, esperar por Ele. Somos sua noiva.

“Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. Suave é o aroma dos teus ungüentos, como ungüento derramado é o

teu nome; por isso, as donzelas te amam.  Leva-me após ti, apressemo-nos. O rei me introduziu nas suas recâmaras. Em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; não é sem razão que te amam.” Cantares 1:2-4





A resposta

1 02 2013

Quero parar um pouco pra desenvolver um assunto, nessa semana tão sombria, tão triste, que eu vivenciei de perto, com um aperto enorme que ainda não saiu do meu coração. Ouvi tantas histórias, difícil de eleger a mais triste, ouvi das pessoas que testemunharam, das pessoas no ônibus, ou em qualquer lugar, das pessoas internadas, “ouvi” histórias estampadas em rostos opacos. Vi lágrimas rolarem, enquanto se  falava “quero acordar desse pesadelo”.

E quem não queria que fosse possível simplesmente acordar e dizer “ufa, não passava de um sonho ruim”.

“É melhor ir à casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério” Eclesiastes 7:2

É difícil entender esse versículo nesse momento. Como pode o luto ser melhor???

pai-nosso-4Todavia, concordemos: a morte, com toda sua dor, nos leva a reflexão sobre como a vida é frágil, como não podemos saber se morreremos aos 100, aos 80, ou aos 20. Como não podemos saber o que acontecerá amanhã ou depois. Então, no meio dessa dor, eu proponho, reflitamos, nos importemos com isso.

Eu vejo a minha geração marcada por coisas que desagradam a Deus, talvez como nunca se viu antes, por humanismo, egoísmo, falta de amor, pecado, e isso me entristece. A própria Igreja, nós, muitas vezes sendo contaminados ocidentalmente com tantas coisas que não estão no coração de Deus, que o Senhor não planejou para nós, preocupados com ganhar dinheiro, construir aqui, preocupados com nós mesmos, evangelizando pouco, amando menos.

Eu não tenho as respostas, os porquês pra tudo o que aconteceu. Mas eu sei A RESPOSTA para a dor, para curar o coração, a alma ferida, a nossa alma ferida, o “coração” da nossa cidade imensamente machucado.

“Respondeu-lhes Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. João 14:6.

Aqueles que foram, não voltam. Mas aos que ficaram, um bom momento para se voltarem para Deus. Alguns são sobreviventes, viram tanta coisa, talvez nesse momento não conseguem dormir; esses estão como se tivessem recebido uma segunda chance. Tenha certeza, Deus tem um plano pra sua vida! Experimente, ore a Jesus com suas próprias palavras, chore diante dele, peça que Ele visite seu quarto com a presença dEle, que ele cure suas memórias, o trauma. Jesus sabe o que é a dor, Ele levou a nossa dor na cruz, levou a dor de cada mãe e pai que agora choram, e tenho certeza que o Seu desejo é trazer vida onde há morte, trazer alegria (o que nos parece completamente impossível), onde há pranto. Muitos agora oferecem ajuda, de tudo o que é lado, mas Jesus disse que só Ele é o caminho. Não adianta procurar outra coisa; qualquer outra “resposta” é falsa.

Precisamos clamar pela justiça de Deus. A Justiça de Deus é transformadora, tira os nossos pés da lama e nos coloca em lugares altos. Que essa justiça venha com cura e transformação nessa cidade, que eu amo, na nossa universidade tão querida.

Provavelmente daqui a muitos anos ainda contaremos o que vivenciamos aqui. Mas eu realmente espero que o que suceda a essa tragédia sejam corações arrependidos, voltados a Jesus.

Acordemos do tempo perdido.

Para finalizar, quem sabe não cabe trocar um pouco de músicas, trocar um pouco os lugares frequentados, mudar a mente, dar uma chance ao coração de experimentar as coisas de Deus, o que talvez nunca foi tentado.

Fica a dica:





Colher mais, doar mais.

13 01 2013

Todo mundo sabe que quem semeia colhe, e é muito fácil julgar as pessoas pelo mérito: esse lutou, ele merece; já esse não tem nada, porque não lutou, ele realmente merece não ter nada. Provavelmente é esse o pensamento dominante por aí.

Mas dias atrás, lendo a Bíblia, achei uma matemática completamente distinta, quando Paulo fala aos Coríntios, em sua segunda carta, sobre ofertas (vale a pena dar uma lida no capítulo oito). O capítulo inicia com o apóstolo fazendo referência às igrejas da Macedônia, que eram pobres, mas a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza de generosidade, e se mostravam voluntários na medida de suas posses e até mesmo acima delas. Paulo então orienta aos coríntios a respeito dessa prática.

“Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve demais, e o que pouco, não teve falta.” II Coríntios 8:12-15

Sabemos que politicamente já tentaram igualar cidadãos nesse sentido, dividir bens à força, para que aqueles que mais colheram dividissem com os que não colheram. E não funcionou.

Eu só sei que essa “matemática”, no amor de Cristo, é linda. É generosidade voluntária, é dividir aquilo que você tem, seja muito, seja pouco. É hospedar com lençóis velhos, ou com lençóis novos, mas é hospedar. É servir feijão com arroz, ou salmão e filé, mas é servir aquilo que você pode servir. É dar dois reais da sua carteira, ou duzentos se você tiver. Às vezes é também se esforçar, e dividir até um pouco mais do que você humanamente poderia dividir.

Talvez a gente, mesmo como discípulos de Cristo, caminhe muito longe disso ainda. Em maiores ou menores graus, esse consumismo e materialismo nos cerca, é tão fácil querermos acumular coisas aqui, o que não é novo no coração do homem: Jesus nos alertou sobre isso!Imagem

Deus permite que uns colham mais do que outros, é verdade, para que os que teriam de sobra já não tenham, e os que não teriam suficiente, passem a ter. É para que haja uma troca de amor, aqui e ali. Suprindo as necessidades uns dos outros.

Precisamos estar dispostos a viver com o suficiente, mesmo que tenhamos bem mais do que isso. E dispostos a dar, mesmo que não tenhamos tanto assim.

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e rouvam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração.” Mateus 6:19-21

 

Por Sara Elisa Koefender





Anseio

19 09 2012

Por Sara Elisa Koefender

Mesmo que não se dêem conta, ou não concordem, as pessoas estão cheias de religião. Cada um de nós foi criado com uma fome por algo, e buscamos desesperadamente por ser saciados. É impossível negar esse espaço que há dentro de nós.

Dentre as religiões que mais vejo por aí, não vou citar aquelas opções que todos esperam que se cite, como quadradinhos de formulários ou algo parecido. Quem sabe haja outras mais prevalentes, como a profissão. Não sei se no meio em que estou inserida é ainda mais proeminente, mas como amam a tal da medicina. Eu bem sei que não é tão difícil de amar, é envolvente, satisfatória, efetiva ou não, lida com as coisas mais bonitas que Deus criou, também as mais terríveis que o pecado causou. Mas tirando meu viés, acho uma profissão linda demais, e vejo gente que vive quase que essencialmente para isso, que entra numa competição acirrada com os outros e consigo mesmo, enchendo-se de conhecimento, buscando sucesso. Sei que não é diferente para os advogados, os dentistas, os administradores, uma vez que é tão fácil se envolver com a profissão ou com o preparo para ela, que muitos tentam nisso saciar a sua busca. 

Vejo outras também. Há uma muito frequentada, que vem ganhando muitos adeptos: as academias de ginástica. Cultua-se o corpo, faz-se a alimentação, o sono, o tempo, tudo girar em torno de uma meta: músculos esculturais, barriguinha sequinha, zero gordura, ser visto pelos outros, se olhar no espelho e pensar “yeaah, to legal”. E quem não conhece um bom músico? Pra esse, o melhor investimento? Uma guitarra, um piano, uma coleção de instrumentos, uma prateleira bagunçada por partituras e cifras. Ensaios e mais ensaios, alcançar uma afinação cada vez mais perfeita, o solo mais rebuscado, tocar com os parceiros, fazer uma banda, ganhar aplausos da plateia de pé. Parece bom. E aquele outro amigo que ama carros, sempre sabe os melhores motores, o carro mais vendido, o mais rápido, o mais confortável. Ou então aquela moça que vive no shopping, sabe sempre das últimas tendências, gasta aquela grana pra se manter, cheirando a perfume importado. Sem falar no sócio torcedor, que não perde uma partida, abaixo de chuva ou de sol, lá está ele, sem falta, vibrando, rindo, chorando. Também não dá pra esquecer o baladeiro das madrugadas, o político, o ecoturista, o super culto, o religioso, o atleta competidor, o viajante, que enche a boca pra falar de todos lugares que já conheceu, o gaúcho tradicionalista. Até mesmo o ateu, que insiste em dizer que não crê em nada, mas gosta de se juntar com uma porção de outros ateus pra defender aquilo em que não crê, e andam até fazendo outdoors por aí, dá pra entender?

Está claro: todos procuram uma identidade sobre a qual se afirmar. Alguma coisa pra deixar a vida com mais sentido, pra encher a mente,  tomar o coração, ser visto pelos homens, pra tentar ser lembrado e preencher esse vazio. Alguns peregrinam por muitas dessas tentativas, misturam várias delas e podem demorar para se dar conta de que não valeu à pena, que não chegaram lá. Pode soar estranho, mas sabe o cachorro quando corre atrás do rabo?

Deus nos fez com essa fome, porque era o lugar que Ele queria ocupar. O lugar do nosso amor, da nossa dedicação, daquilo que achamos mais importante, da razão de nossa existência. Gosto de uma frase que pensei outra vez: “é tão bom entender quem Deus é, e, então, entender quem eu sou, criada para ter um relacionamento com Ele”. E é exatamente isso! Quando nossos olhos são abertos, é como se tudo fizesse, de repente, tanto sentido! Esse lugar da nossa busca não é pra religião, tampouco para nossas paixões, que serão todas simplesmente enterradas e consumidas. Deus nos fez com um propósito: de conhecê-lo, de amá-lo, de adorá-lo. E isso é a única coisa capaz de dar sentido à vida: reconhecer pela fé Jesus como Senhor e Salvador, usufruindo de um relacionamento maravilhoso com o Pai.

“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus”. 
Salmos 42:1